Hoje estava lendo uma reportagem na revista Info sobre o fim do mundo e a ameaça dos robôs - leia celulares ultramodernos - e questionei o futuro do assessor de imprensa neste cenário.
Desde quando iniciei na área de comunicação, em 1994, pulei da máquina de escrever manual para a elétrica com fita corretiva, que permitia corrigir e apagar a linha que estava sendo digitada, o plus do momento. Claro que, foi substituída rapidamente pelo Windows, quando então o mundo ganhou uma janela.
Nas assessorias de imprensa, contávamos com o fax como aliado, que fazia a ponte entre nós assessores e jornalistas. Estes, escolhidos a dedo, por um mailing estratégico, 50% amigos e outros 50% indicados, em uma relação de não mais que 100 nomes. O telefone era o segundo aliado, ligávamos nas redações e a nossa estratégia era cativar a secretária de redação, por motivos óbvios... Ela entregaria na mesa certa nossas pautas.
Logo em seguida, o e-mail e muitas possibilidades. Poderíamos enviar o material diretamente para o jornalista que faria a leitura no momento mais oportuno e deixaríamos de ouvir: não posso falar agora! Ilusão, pois milhares de assessores tiveram a mesma ideia e lotaram as caixas dos jornalistas. Caímos na malha fina do SPAM!
Hoje nos comunicamos via Twitter, Facebook e SMS. Jornalistas recebem indicações de pautas sem mesmo estarem nas redações, ou seja, alguns enxergam a oportunidade como a salvação da lavoura. Não mesmo! Agora, mais do que nunca é preciso ter cautela para não cair no buraco negro do “não posso falar agora”, porque o assessor tem Facebook, vida e uma vez marcado, estigmatizado para sempre.
Os nossos robôs estão aí para somar em nossa tarefa diária de indicar pautas para as redações, sem eles estamos à margem do processo, mas é preciso estratégia para não deixá-los dominar o seu espaço e errar na dose. Em resumo, o mundo não vai acabar para quem está conectado, mas para quem se desconectou do que chamamos de equilíbrio.
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